Nova política do governo pode injetar R$ 150 bilhões no mercado imobiliário

20/10/2025
Referências
Nova política do governo pode injetar R$ 150 bilhões no mercado imobiliário

A nova política habitacional do governo federal — a ser anunciada na próxima sexta-feira (10) — pode injetar R$ 35 bilhões no mercado imobiliário em um "período de testes", que se inicia imediatamente, e R$ 150 bilhões quando passar a funcionar integralmente, em 2027.


A medida vai, na prática, liberar dinheiro do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), segundo fontes próximas ao assunto.


Hoje, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário; 15% estão livres para operações mais rentáveis; e 20% ficam com o BC (Banco Central) na forma de compulsório.


Como adiantou a CNN, a política do governo será permitir a livre utilização dos recursos pelos bancos em operações rentáveis, com a contrapartida de as instituições concederem crédito imobiliário em montante equivalente ao captado.


Assim, serão inicialmente liberados 5% do compulsório e, caso não haja intercorrências, os 20% estarão disponíveis a partir de 2027.


Durante as discussões da proposta, o setor imobiliário avisava ao governo que temia impactos de uma mudança abrupta e pedia uma regra de transição.


Atualmente o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) acumula em torno de R$ 750 bilhões. Assim, num primeiro momento a injeção poderia chegar a R$ 35 bilhões, e quando a política estiver estabelecida, a R$ 150 bilhões.


O valor injetado vai variar de acordo com o saldo da poupança, que vem caindo ano após ano, e da adesão das instituições bancárias. A Caixa Econômica Federal, principal instituição do segmento, deve entrar forte no modelo e liberar ao menos R$ 20 bilhões em recursos imediatamente.


Da cifra liberada da poupança, 80% deverá ser aplicado pelos bancos no SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem taxa de juros máxima de 12% ao ano, e os 20% restantes no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), que tem taxas de mercado.


Atendendo outra demanda do setor, o governo elevará o valor máximo dos imóveis financiados pelo SFH, que atualmente é de R$ 1,5 milhão, para cerca de R$ 2,2 milhões.


O prazo para o uso flexível dos recursos pelos bancos vai variar entre cinco e sete anos, e acordo com a operação e preço dos imóveis financiados.

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